sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Não é nada

E o que seria do infinito sem uma breve sintonia, um toque distante, pensamento que infiltra nas luzes de olhos longínquos, que por um piscar se tornam assim, vivos e presentes. Tanto, que mesmo a vontade de congelar o reflexo de ambos tão gentis por um instante, se perde ao serem roubados mais uma vez, para longe. Longe do alcance do toque imaginado, ou do céu que compõe a imagem ao lado, que respira, tão suave que queria mesmo era roubar os ares desse sonho, e viver dele... Dele e da luz dos olhos gentis.
Mas quem diria que nem o tempo e a distância seriam anulados pela forte presença, que aconchega com o toque de futuros criados, ou até mesmo abraça o pobre medo desfeito, que hoje se viu sem lugar. E se o não-lugar é onipresente, para onde foi meu rumo que se fez na primeira batida, e perdeu-se no primeiro suspiro; e que destino levou o suspiro, já que nunca partiu em dois como as curtas inspirações?

E se o futuro aparecesse lento e amarelo como as lembranças, como seria?
No fim, tudo se perde no escuro, afinal nao tive a corda imaginaria que tanto quis, afim de puxar presença e prender nada.

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